
Levantamos as 6:30 hs e as 7:00 tomamos café e fomos para estrada.
Como previsto as estradas Paulistas uma beleza e a viagem rendeu bem passamos Jundiaí para Fernão Dias e as 13:00 hs estavamos no trevo de Três Corações.
Paramos Tiramos a foto de fechamento da viagem e eu segui em frente para BH 300 kms a frente.
Eu e o Marcelo sempre comentávamos durante a viagem que todo dia tinha que acontecer uma coisa para dificultar, ou cómica e neste dia estava tudo tranquilo pois para mim estar na Fernão Dias era estar em casa. 
Pois com este espírito deixei o Marcelo no trevo e fui em frente.
Parei no Graal de Perdões comi um lanche para não perder tempo com almoço, abasteci para parar só em casa e fui embora.
Um pouco antes de chegar em Santo António do Amparo, vi uma nuvem negra enorme que parcia ir até o chão e pensei "puxa vida vou ter que passar por outra chuva?"
Mas para quem já tinha passado por tudo aquilo uma chuvinha pesada não era nada. Meus amigos, conforme fui chegando aquela nuvem foi parecendo ser maior e mais escura que antes, resolvi então colocar pelo menos a jaqueta de chuva para não molhar a de proteção pois a minha esta com sua impermeabilização falha.
Quando cheguei na chuva a danada era tão forte que minha visibilidade no capacete era de no máximo uns 10 mts e eu seguia a uns 30 km/h com rajadas fortes que balançavam a moto.
Logo a frente eu já vi carros parados no acostamento e eu o único maluco andando em cima de uma moto com aquelas condições, mas aí quando eu já pensava em parar começa a chover granizo e o barulho do impacto no capacete eu prefiro não descrever.
Os granizos pequenos iniciais foram mudando para pedras maiores até que uma atingiu meu antebraço, e eu diria que o que senti me incomodou muito (doeu pra caramba). Para minha sorte a frente vi a ponte de acesso a Santo António e parei de baixo.
Ventava tão forte que a moto com seus 300 kg mais os meus 70 e alguma coisa eram balançados com facilidade. Mais tarde ao contar para o Marcelo ele disse que esta chuva chegou em Três Corações derrubando até árvores.
Quando os granizo pararam e a chuva diminui segui em frente, quando chegava no pedágio de Itaguara e levantei o capacete ouvi um barulho estranho, resultado pneu traseiro furado.
Depois de verificar que apesar deles cobrarem pedágio de motos, eles não tem apoio mecânico para reparo de pneu de moto e só podem rebocar para um borracheiro (detalhe para rebocar não tem esticador para prender motos), resolvi desmontar as malas e achar o reparo instantâneo que pensei que não usaria em um pneu novo.
Coloquei o spray no pneu e como os caras nem compressor no carro de apoio mecânico tem fui até um borracheiro enchi o pneu e fui para casa. Cheguei as 17:00 hs